O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um tipo de investimento de renda fixa bastante popular no Brasil. Ele funciona como um empréstimo que você faz ao banco: você empresta seu dinheiro e, em troca, o banco paga uma taxa de juros sobre o valor aplicado.
Como o CDB Funciona
– Emissor: Normalmente emitido por bancos, os CDBs têm a finalidade de captar dinheiro para financiar suas operações de crédito, como empréstimos a outros clientes.
– Remuneração**: A rentabilidade pode ser:
– Pós-fixada: Atrelada a um indicador, geralmente o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que segue de perto a Selic (taxa básica de juros no Brasil). Nesse caso, a rentabilidade é expressa em um percentual do CDI (exemplo: 100% do CDI).
– Pré-fixada: Aqui a taxa é definida no momento da aplicação, como 10% ao ano, por exemplo. Assim, você sabe exatamente quanto vai receber no vencimento.
– Híbrida: Combina uma taxa fixa com uma variável, como IPCA + 5%, onde o IPCA corrige a inflação e os 5% representam um ganho real.
Vantagens e Desvantagens do CDB
Vantagens
1. Proteção pelo FGC: O CDB tem proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), até o limite de R$ 250 mil por instituição financeira e por CPF. Isso oferece uma segurança a mais caso o banco enfrente problemas financeiros.
2. Diversidade de Rentabilidade: Os CDBs pós-fixados são ótimos em cenários de alta da taxa de juros, enquanto os pré-fixados podem ser vantajosos quando se espera queda dos juros.
3. Flexibilidade de Prazos e Valores: Existem CDBs com prazos curtos e longos, para investimentos a partir de valores bem acessíveis.
Desvantagens
1. Imposto de Renda: A tributação é regressiva e incide sobre o rendimento no momento do resgate, variando de 22,5% para resgates em menos de 180 dias até 15% para investimentos acima de 720 dias.
2. Liquidez: Embora alguns CDBs tenham liquidez diária, os mais rentáveis geralmente exigem que o dinheiro fique aplicado até o vencimento.
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Como Investir em CDBs de Forma Correta
1. Defina seu Perfil de Investidor: Antes de investir, entenda se você está mais confortável com CDBs de liquidez diária, que são mais seguros, ou se pode deixar o valor aplicado por um período maior, o que pode render mais.
2. Escolha o Tipo de CDB:
– CDB Pós-fixado: Se as taxas de juros estão subindo, o pós-fixado pode ser mais vantajoso. O ideal é um percentual alto do CDI (ex.: 100% ou mais).
– CDB Pré-fixado: Se as taxas de juros estão em queda, o pré-fixado permite travar uma taxa de rendimento superior à esperada no futuro.
– CDB Híbrido (IPCA + taxa): Ideal para quem busca proteger o capital contra a inflação a longo prazo.
3. Verifique as Taxas e Condições de Resgate: Prefira corretoras que oferecem acesso a vários CDBs de diferentes bancos, o que aumenta as opções de taxas de rendimento e condições de liquidez. Lembre-se de comparar as taxas e as condições para resgate antecipado.
4. Atenção ao FGC: Para manter a segurança do seu patrimônio, prefira dividir os investimentos em CDBs de diferentes bancos, respeitando o limite de R$ 250 mil garantido pelo FGC.
5. Acompanhe o Cenário Econômico: Se a inflação e a taxa Selic estiverem altas, os CDBs pós-fixados podem ser mais rentáveis. Em contrapartida, se houver tendência de queda, pode ser melhor aproveitar taxas pré-fixadas.
Como Começar
1. Abra uma conta em uma corretora: Atualmente, várias corretoras disponibilizam CDBs de diferentes bancos com melhores taxas que os CDBs oferecidos diretamente em bancos tradicionais.
2. Pesquise e Compare Ofertas: As corretoras exibem a lista de CDBs disponíveis, mostrando taxas de rendimento, prazos e liquidez.
3. Simule o Investimento: Calcule o rendimento líquido considerando o imposto de renda e veja qual opção é mais vantajosa para o prazo e objetivo do seu investimento.
Com esses passos, você pode investir em CDBs de forma mais estratégica e alinhada aos seus objetivos financeiros.